Vendaval

Céu cinzento. Chuva fina. Foi em vão toda a ternura...

Para quê te escrevo estas palavras de tempestade? Tu me disseste que o medo te afastaria. O mar calmo, tu ambicionas... e eu sou puro vendaval.

Mas essa verve imprecisa, inconsistente e indecisa te ambiciona, indiferente a todo mal. Se eu pudesse... Ah! Se eu pudesse fazer de ti meu vendaval.

Vem comigo, vento morno... para ti há esperanças. Não te deixes limitar pela terra que te puxa. Vem comigo, vem comigo, vento morno, serás mais forte, vendaval.

Não te prendas neste mundo, em que tudo é natural. Vem comigo, vento forte, que te faço temporal.

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