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TERRITORIALISMO, ACORDOS INÚTEIS E SAÚDE MENTAL

São 5h57. Acordei com a gritaria entre meus vizinhos. Não é algo anormal. Começa ainda de madrugada, quando o sol desponta tímido e ainda divide espaço com a lua. Ki ki ki pra lá, ki ki ki pra cá, sem cerimônia, sem respeito ao sono dos outros, eles começam. As vezes acho que vivo em um cortiço, bem ao estilo de Aluísio Azevedo, em que lavadeiras discutem com engraxates e alfaiates empinam nariz para ambos, em sinal de superioridade. O meu cortiço fica no bairro de Setúbal, no Recife. Uma área que ainda não foi completamente verticalizada, como Boa Viagem, e que, talvez por isso mesmo, conte com essa população de vizinhos peculiares. Voltando a hoje. Não acordei com a gritaria. Hoje foi pior. Era briga mesmo. Coisa para o Casos de Família.  Cambacicas, bem-te-vis e rolinhas brigavam no telhado do prédio ao lado, sabe-se lá porquê, enquanto pombos olhavam e comentavam: “Olha bem isso! Que comportamento! Depois nós é que somos aves de segunda classe! Escória da cidade.” Um beija-fl

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