Festa de Arromba

Não vou começar pelo início. Lá pelas tantas, o DJ mandou “Viver é não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar e não ter a vergonha de ser um eterno aprendiz”. Então, olhei em volta e vi todos aqueles rostos tão familiares e me lembrei das tantas vezes em que lambemos as feridas uns dos outros, das dores imensuráveis que já passamos, dos rompimentos, das revoluções, das discordâncias, e, no fim, do reencontro sempre alegre, emocionado e festivo. Ali estávamos nós: os primos! E que importa o sobrenome agora? Fale mal de alguém que traga nos genes a genética Xavier, herdada ou aprendida, e você vai conhecer A Força!
É, sempre, uma festa de arromba quando essa turma se junta. Se são 5, 100 ou 500 Xavier, não importa: as gargalhadas podem ser ouvidas a quilômetros, as histórias são sempre apimentadas, há sempre um gostinho de nostalgia para reavivar os laços e muita, muita cumplicidade em nossos olhares.
No dia 17 de dezembro de 2011, agraciados pelos nossos padrinhos da alegria – Jussara e Eduardo – nos reunimos novamente para ferver o sangue! Eram vampiros, piratas, zumbis, diabas, palhaços, brancas de neve, o Chaves, a Chiquinha, Odaliscas e seus Xeiques, Homens das Cavernas, o Fred Flinston, Borboletas, o Mário, Marinheiros, Fuzileiros, Bombeiros, Policiais, Barbies, Zorros, Espanholas, Gorilas, Onças, presidiários, caipiras... Tantos tipos e fantasias, tanta alegria e ousadia! Tantos nomes e sobrenomes, mas uma só intenção: viver e não ter a vergonha de ser feliz!
A gente lambe as feridas toda vez que uma bananinha, aquela bananinha toda especial e única cai do cacho e se emociona quando nasce um “broto” novo. E briga, e se estapeia, e xinga, e chora, e depois liga, pedindo perdão, convidando para a festa e gargalha até perder a voz. E rimos à beça das histórias dos nossos pais, que pulavam a janela para curtir uma matinê escondido da vovó e de cada vez que a Tia Teinha quebrava a colher de pau na cabeça de uma filha que dizia que ia se casar (segundo conta a lenda que eu ouvi). E se brincar, ainda cantamos (ou tentamos) “O Batalhão” e nos emocionamos, imaginando quão imensa é esta família e os seus frutos.
Falando em frutos, eu sempre digo para mamãe, principalmente quando eu apronto uma e ela vem pra mim com aquela cara brava da vovó Rosalina: Mãe, lembre-se: o fruto não cai longe do pé!!!
Por isso mesmo nossos encontros são “Festas de Arromba” e somos o que somos: incomparáveis na ousadia, insuperáveis na alegria, incomensuráveis na união. Antigamente, confesso, eu até pensava que isso tudo ia se perder nas novas gerações. Mas qual nada! Está ficando é melhor!
Eu vi o Ricardo (o Barreto) todo cheio de “esquisitices de um quarentão”, carregando uma turba de sobrinhos (kkkkk), enquanto o Tio Marcos ainda é um adolescente que se apaixona por qualquer par de pernas, e a Michelle (Nepomuceno) me ensinava o “segredo do funk”. A Patrícia (Nepomuceno Alencar) era a própria Diaba, dominando o salão! #FaloNaFace, essa menina arrasa quarteirão! Fernanda (o Mário) mostrou que idade ali não contava. Tamar era pura gargalhada. Moema estava literalmente esvoaçante! Deus, pra cada canto que eu olhava eu via uma aparição! Aquilo não era gente! Pensem na Andrea e vão saber do que eu estou falando! 1.80 (ou mais) de pura alegria esfuziante! Fala sério, isso se encontra fora da família Xavier? NUNCA! E a Gabriella (Tutuquinha), pulando na piscina e querendo me dar um porre de vodka? (Mal sabia ela que 3 golinhos para mim não são nem aperitivo!) Tutuca, vou te dizer, você estava muitíssimo bem representada! Ah! Não tem como esquecer a Michele do Márcio, “credoincruiz”, garota chapa quente! A Cris tinha o próprio diabo nos quadris! Bárbara de uma beleza exuberante. Jaqueline com um sorriso, sempre, incomparável. Jussara, ai meu Deus, que mulher é essa? A fantasia dela era de Barbie, mas bem poderia ser de Deusa Grega, Rainha do Egito ou algo mais nobre!
Perdoem-me, a essa altura, as lembranças são tão gostosas que me dá vontade de comê-las e não escrevê-las, por isso, vou parando aqui, saboreando-as e deixando para vocês aquele gostinho de quero mais. Eu sei que todos já estão se perguntando: quando será a próximaaaaa???!?!?!!?!? Eu também! Mal posso esperar!
Mas o importante mesmo é que essa nossa família é fantástica e mais fantástica ainda é a vida ao lado de todos vocês!
Beijos endiabrados!
Dani