Confusão entre os sexos

Os homens estão quase sempre, reclamando do perfil emocional feminino: complicadas, nervosinhas, chatas, faladeiras. Aquilo que a gente já sabe que homem pensa (e mulher,também!). #Fato: mulheres têm um jeito “muito próprio e sensível” de ver, encarar e responder à vida. Trata-se de uma atitude calcada em fatores biológicos e de posicionamento da mulher na sociedade. OK. Sabemos disso tudo já.

O que está me chamando a atenção hoje é o #Fato de os homens assumirem – cada vez mais – essas características “femininas”. Eles estão ficando chatos, falantes demais, nervosinhos, sensíveis. A coisa anda tão estranha que as vezes eu me pergunto quem é a mulher na parada.

Se foi a revolução feminista, o dólar, a União Europeia ou a globalização que fizeram com que o homem moderno se “feminilizasse” (não estou dizendo afeminasse, hein?!!?!?), eu não sei. O que sei é que está ficando chato pra caralho conviver com homens e insuportável ter um relacionamento com eles.
Estão traumatizadinhos pelo relacionamento anterior. Muito sensíveis para falar de certos assuntos. Desejando fazer amor intensamente e não sexo selvagem. Discutindo relação. Escrevendo poemas (!!!!!!!). Dizendo poemas (puta que o “parau”, como diz meu primo)! Encontrando flores nos nossos olhos, perfumes nas nossas bocas, sombras azuis nos nossos corpos... Trazendo caixas de chocolate e flores nos primeiros encontros. Mandando SMS de coraçãozinho.

Que que é isso gente?!

Cadê a velha e boa pegada? O cheiro de Wisky e cigarro (Azarro, hum, delícia!)? O flerte? O convite para sair? [Por favor, parem de esperar que nós os convidemos!] Aquele telefonema no meio da tarde, madrugada, manhã, noite, dizendo: “Nossa, amor, estou louco pra pegar você!”

Outro problema. Com essa “feminilização” masculina, a mulherada está se “masculinizando”. Dá uma, veste a roupa e se manda porque não está afim de ouvir papo romântico depois do sexo. Diz, de primeira: “Não quero compromisso”; “Não sou pra casar”; “Não quero ter filhos”. Paga a conta (essa é o fim da picada, MESMO! Ou divide, o que é tão pior quanto, no primeiro encontro!). Vai e volta no seu próprio carro e chega a ter de caminhar até o estacionamento, de madrugada, sozinha, porque o cavalheiro estava cansado demais, bêbado demais ou sensível demais para se lembrar de acompanhar a dama ao carro (pqp de novo!).

Vá lá... parece que são tempos modernos. Mudanças climáticas. A guerra entre os sexos acabou. Não existe mais ( ) masculino ou ( ) feminino. Que seja! A gente vai se adaptando. Sem problemas. Quer dizer, sem problemas para quem não se limitou àqueles papeis “masculino” e “feminino” tradicionais, enxerga o que está acontecendo, entende e toca em frente. Porque há uma outra linha – a da grande maioria hipócrita – que é: a mulher virou “puta” e o homem, “viado”.

Contudo, eu não vou entrar na discussão de quem pode ser safado (a) e galinha sem preconceito (risos!) e quem pode ser sensível e nervosinha (o). Seria perder o meu tempo e o de vocês. Sendo assim, vivam as “putas” e os “viados” de hoje e vamos nos acostumando a toda essa loucura.

Comentários

Postagens mais visitadas