A Lista

Estes dias recebi a música intitulada "A Lista", de autoria de Oswaldo Montenegro, por e-mail, de um amigo querido. Claro que já havia escutado a música muitas e muitas vezes e me emocionado com ela. Contudo, nunca havia realmente parado para responder às questões levantadas por ela.

Hoje, fiz este exercício e eis as respostas.


"Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais..."

Eram muitos os "grandes amigos". Mas não me lembrei do nome de todos. Não vejo mais nenhum todos os dias. Apenas 3 ou 4 ainda converso, raramente.


"Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar..."

Tinha mais sonhos do que poderia lembrar. Todos, desisti. Os amores jurados para sempre, se foram com uma banalidade incrível. Apenas o amor maternal foi preservado.

"Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?"

Não me reconheço na foto passada e nem no espelho de agora. Tenho a sensação de que me desfragmentei com o tempo. Hoje, certamente, não é nada parecido do jeito que achei que seria. Amigos? Joguei muitos e muitos e muitos fora. Talvez não fossem amigos.


"Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?"

Sondei, profundamente, alguns mistérios da vida. Poucos eu consegui alcançar uma compreensão razoável. Mas, coincidentemente, os mistérios que consegui "revelar", não foram os que busquei conhecer. Segredos? Guardei alguns. Todos bobos.


"Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?"


Condenava e ainda condeno muitas mentiras. Menos do que 10 anos atrás, mas ainda são muitas. Menti algumas vezes, talvez não porque precisasse, mas porque fosse melhor assim. Sanei muitos defeitos, alguns me arrependo, deveriam ter continuado, pois faziam de mim quem eu era.


"Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?"

Eu cantava mais. Hoje, porém, canto canções diferentes e canto, verdadeiramente, para sobreviver.
Pessoas? Amava muitas e largamente. As que me amam. Conto nos dedos de uma mão, e olhe lá.

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