Amor é generosidade

Então, a vida nos apresenta algo novo que provavelmente seria impossível de acontecer neste vasto e imenso muto de solidão: um amor. E a primeira coisa na qual penso é na intenção de Deus, é que há a mão dele agindo no nosso destino. Ainda acredito que amor é benção de Deus. Como termina é escolha nossa.
O amor cresce e parece estar se fortalecendo quando surgem os primeiros desentendimentos e temos que recorrer a nossa fé e a nossa maturidade para passar por esses obstáculos. Obstáculos que, muitas vezes, levantamos desnecessariamente. E o mais fácil não é iniciar uma briga, mas conciliar. Nesta conciliação acontece o desgaste e o amor começa a ruir. A benção que recebemos vai esvaindo-se aos poucos. É nessa hora que a gente se pergunta qual o intuito de Deus para nós. Somos capazes de receber essa benção? Devemos entendê-la como algo que veio para ficar ou apenas mais uma lição de vida?
Não consigo obter respostas. Oro e me acalmo, mas não encontro respostas. Tento sempre me lembrar do exemplo de Maria e suas dores, insuportáveis dores, mas que ela suportou, superou com dignidade. Se ela pode fazer isso, porque nós não poderíamos superar as pequenas dores do nosso dia a dia? E mesmo as grandes perturbações?
Enfim, depois de muito refletir, cheguei à conclusão de que amor é generosidade. É entregar ao outro tudo que se é, sem disfarces, sem máscaras. Entregar a verdade de ser o que se é e esperar que isso possa ser aceito ou tolerado em prol de um sentimento que é sim, uma benção divina. Não existe amor diferente do que aquele cuja compreensão, tolerância, paciência e perdão estão acima do próprio sentimento de querer. Amor não sobrevive de amor. Sobrevive desses sentimentos auxiliares, mais importantes, que dão solidez para que o amor continue.
Perguntemos a qualquer casal que conviva há mais de 30 anos e eles nos responderão que o que sustentou a união não foi puramente o amor, mas essa mescla de compreensão, tolerância e perdão.
Perdoe 7 vezes 70 vezes, Jesus nos disse. E ele, como sempre, não estava errado. Talvez Jesus reúna no amor o maior sentimento do mundo porque ele reúne outros sentimentos fundamentais para que o amor aconteça. E com o tempo fomos esquecendo que amor não sobrevive por si só.

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