Fingindo-se de má, a notícia era boa!!!

Mais de 90% são reprovados em concurso pernambucano


Das 3154 vagas para lecionar no 2.º ciclo do Ensino Fundamental e no Ensino Médio da rede de Pernambuco, só 692 serão preenchidas imediatamente, o que equivale a 2,5% do total. Esse é o resultado do concurso realizado em abril pelo estado que amarga uma das piores avaliações no índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Para o presidente do Movimento dos Professores, Juarez Ribeiro, o cenário pífio foi provocado, entre outros motivos, pelo alto porcentual de corte (60%) estabelecido para cada prova (Língua Portuguesa, Conhecimentos Pedagógicos e Conhecimentos Específicos). A reclamação consta nos documentos entregues ao Ministério Público pedindo a anulação do concurso. O nível de exigência maior indica um esforço para melhorar a qualidade do ensino oferecido, segundo o secretário estadual de Educação, Danilo Cabral. "Com a nota de corte elevada, selecionamos os melhores profissionais. Não podemos manter docentes que não atendam às expectativas." Um novo concurso será anunciado em agosto. Por hora, professores temporários ocupam as vagas remanescentes.

Revista Nova Escola. Junho/Julho 2008.

Um "viva" para a coragem de Danilo Cabral: elevar o percentual de corte, buscando profissionais melhores é uma estratégia dura, mas eficiente. Contudo, vamos aguardar o desenrolar da história, pois a combinação baixos salários e professores extremamente qualificados não costuma se sustentar sem uma certa liga chamada 'idealismo'. Mas, até aí o Governo de Pernambuco saiu na frente: o novo piso salarial aprovado no Congresso será adotado no estado até setembro deste ano. Pernambuco será, portanto, o primeiro estado a implementar o novo piso.
O nível de exigência no concurso pernambucano deve, ainda, pressionar o Ensino Superior a oferecer uma formação melhor e mais completa. Por outro lado, a notícias de que professores temporários ocupam as vagas remanescentes é péssima, pois a seleção desses professores é ainda pior do que aquela promovida por um concurso 'fácil'. O pior, no entanto, seria contratar permanentemente, e por comodismo, um grupo de despreparados.

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